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MISSÃO: Viver as verdades do Evangelho de Jesus Cristo na vida diária, ajudar cada membro a perseverar e prosseguir para a meta (Fp 3:14), afim de que cada crente seja frutífero e desfrute de uma vida saudável, equilibrada e santa, glorificando desta forma o nome do Senhor Jesus. Proclamar o evangelho para aqueles que ainda não são nascidos de novo, através de ações evangelísticas e do bom testemunho na sociedade.

VISÃO: A partir de São Carlos/SP - Brasil - alcançar povos, nações e vidas submersas em escuridão, através do apoio e investimento na obra missionária, nacional e transcultural (At l:8). Este apoio será feito em forma de contribuição financeira, a missionários ou organizações missionárias, orações, divulgações e envio de pessoas especialmente chamadas pelo Senhor na seara.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

17.10.2010 - domingo 19 horas - Pr Edson Quinezzi

O PERFUME DE CRISTO: o cristão exala, em triunfo, o conhecimento de Cristo
2Cor 2:12-16

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INTRODUÇÃO : 

A IGREJA DE DEUS EM CORINTO 

Paulo viajou de Atenas para Corinto muito obtido. Provavelmente não fora parte do seu programa, quando atravessou o mar até a Macedônia, virar para o sul, para a província da Acaia. Mas ele fora corrido de uma cidade macedônia para outra, e parecia que, por enquanto, não havia lugar para ele naquela província, apesar de sua certeza anterior de que Deus o chamara para evangelizá-la. É verdade que sua pregação na Macedônia não fora infrutífera; ele deixa pequenos grupos de convertidos em Filipos, Tessalônica e Beréia.

Seu coração, porém, estava cheio de temores quanto ao bem estar deles. Em Atenas ele não sofrera violência, mas a gentileza divertida com que tinham recebido seu testemunho lá, talvez tivesse sido mais difícil de aceitar do que a violência, pelo menos a violência demonstrava que algum impacto fora causado. No que dizia respeito aos efeitos positivos da sua pregação, Atenas fora bem menos encorajadora do que as cidades da Macedônia. Assim que ele chegou a Corinto, diz ele, “em fraqueza e em grande temor”. Não havia motivos para supor que Corinto lhe oferecia menos problemas do que as cidades da Macedônia. Qualquer viajante no mundo egeu daqueles dias devia saber da reputação da cidade, ela, certamente, não era um solo preparado para a semente do evangelho.

No fim, Paulo passou dezoito meses em Corinto – mais tempo do que em qualquer outra cidade, desde que partira em companhia de Barnabé de Antioquia da Síria – e, quando partiu, havia ali uma igreja grande e forte, apesar de instável. Lucas conta como, pouco depois da chegada de Paulo a Corinto, ele teve uma visão à noite, em que o Senhor lhe disse: “Não temas, pelo contrário, fala e não te cales, porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mau, pois tenho muito povo nesta cidade (Atos 18.19ª). Paulo foi fortalecido e a promessa foi cumprida, ele acabou reconhecendo que, apesar de Corinto não ter constado dos seus planos, ela ocupava um lugar de destaque nos planos de Deus para ele. Seu tempo em Corinto, e suas experiências com a igreja de Corinto durante os anos depois da sua partida, contribuíram para aprofundar sua compaixão com as pessoas e aumentar sua maturidade pastoral.

(texto extraído do livro O apóstolo da graça, de F.F. Bruce, pág 241/242.

I –  A METÁFORA DO PERFUME – comparação entre perfume e testemunho

Duas figuras de linguagem aparecem neste texto, uma compara os cristãos ao perfume, outra a um exército entrando vitorioso numa cidade.

Nós vamos começar com o versículo 15 que fala – “somos o bom perfume de Cristo”. Gostaria que você mergulhasse comigo nesta imagem do Cristão que é apresentada aqui – “Somos o bom perfume de Cristo”. Essa imagem do perfume se associa a outra, a de uma flor. Quando pensamos em perfume, pensamos em flor, em pétalas.

Somos a flor do Jardim de Deus e por isso exalamos o perfume divino. Deus nos chama para sermos flores do seu Jardim, para recriar o Éden, e dia após dia o Éden, o Paraíso perdido, está sendo recriado por Deus, na medida em que pecadores se rendem a Ele, em obediência e fé.

Cristo foi a flor que desceu do céu para exalar o perfume do amor de Deus. Mas foi flor ferida, esmagada e pisoteada sem misericórdia por homens ímpios e maus. Porém, quanto mais ferido foi, mais amor exalou, a ponto de perdoar seus inimigos. “Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem”. (Lu 23:34)

Cristo nos chama para sermos flores do seu Jardim. Ele é a ressurreição e a vida e esta ressuscitando seu Paraíso, chamando homens para participarem da criação do novo céu e a nova terra. “Eis que faço nova todas as coisas” (Ap 21:5), diz Deus, na sua palavra. Somos chamados para sermos o bom perfume de Cristo. Para sermos flores esmagadas, pisoteadas, como ele foi. Somos chamados para ser flor ferida.

Quanto mais a carne, o diabo e mundo, nos atacarem, tanto mais exalamos o perfume de Cristo. Somos chamados para manifestar em todo lugar a fragrância, o perfume do seu conhecimento. Versículo 14 – “Graças a Deus que nos faz triunfar em Cristo e manifestar em todo lugar o cheiro, perfume, do seu conhecimento”.

Conhecimento está ligado à área da mente, do intelecto, raciocínio. Sem entendimento de Deus, conhecimento de Deus não há salvação. Em Romanos cap. 3 vs. 10 e 11 a Bíblia diz – “Não há um justo, não há um sequer, Não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus”. O pecado do homem leva-o a não entender, a não conhecer Deus.

Somos chamados para sermos o perfume de Cristo que traz para os homens o conhecimento de Deus. Isto também nos leva a conclusão que não podemos ser perfume de Deus se não conhecermos Deus.

Cabe aqui uma pergunta o que conhecemos de Deus, o que conhecemos de Cristo?

Nesta era da pós-modernidade o homem quer se guiar pelos sentimentos, pelos seus sentidos. Mas não é pelos sentidos que descobrimos Deus, mas pelo intelecto, raciocínio. O evangelho tem que passar pela mente e chegar ao coração. O homem precisa ouvir e entender.

Cheiro de Vida para Vida, cheiro de Morte para a Morte. A Palavra diz vs. 15 e 16 – “Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes, certamente cheiro de morte para a morte, mas para aqueles que se salvam, cheiro de vida para a vida”.

Você jovem, embora frequente uma igreja, endurece o seu coração, já pensou em seu pai como sendo um cheiro de morte para você? Seu pai que cuida de você com tanto carinho, não lhe deixa faltar nada, quer todo bem para você, ser um cheiro de morte para você? Mas, se você não se arrepender, ele se torna cheiro de morte para você!

Esposo, sua mulher que é tanto amorosa para você, que doa seu próprio corpo e alma para você, já pensou nela como cheiro de morte?  Mas se você não se arrepende, endurece seu coração ela é cheiro de morte para você!

Você que está aqui nesta noite com seu coração endurecido, sem comprometimento com Deus, já pensou nesta assembléia como cheiro de morte para você?

Porém, todos são chamados para o arrependimento, para a volta com Deus, e para todos que se arrependem somos cheiro de vida para a vida.

Até aqui examinamos uma das duas figuras que aparecem neste texto em análise. Examinamos a figura do perfume, cheiro, fragrância. Onde o texto diz – “Somos o bom perfume de Cristo”.

II – COMPARAÇÃO ENTRE UM EXERCITO EM MARCHA TRIUNFAL E A VITÓRIA EM CRISTO.

Agora passaremos a examinar a segunda figura. A de um exército em marcha triunfal.

Roma por um largo período da história dominou o mundo. Seus exércitos eram famosos por sua disciplina, coragem, preparo e estratégia militar. Quando voltavam vitoriosos para Roma, eram recebidos com festa pela multidão.

Imaginemos esses exércitos entrando em Roma. O estandarte romano tremulando. Os soldados com suas armaduras, o escudo reluzindo ao sol, seus pés pisando firme no chão em ritmo de marcha. A multidão em delírio esparramadas pelas calçadas. As janelas entulhadas de gente. Todos aclamando em alta voz o exército vitorioso.

À frente e nos flancos dos exércitos em marcha, jovens jogavam flores sobre os soldados, e aos seus pés. A testa do exército, o general com seu cavalo garboso, imponente, seguido de sua guarda de honra.

As flores eram pisoteadas pelos soldados e pelos cavalos e quanto mais pisoteadas, tanto mais perfume exalavam.

Paulo nos compara a um exército marchando em triunfo. 

Você é chamado à participar dessa marcha vitoriosa. Os servos de Cristo são um exército. O tempo não tem destruído esse exercito. As legiões de Roma perderam-se na poeira dos séculos, mas o exército de Cristo marcha vencendo todos os seus inimigos, o diabo, a carne, o mundo, a morte, o tempo, os reinos deste mundo, e todos os seus perseguidores.

Podemos olhar para trás e ver esse exército. Nos primeiros tempos da Igreja, após a morte dos apóstolos vemos se levantar Euzébio de Cesáreia, Crisóstomo, Apolinário, pelos idos de 400 dC Agostinho, antes da reforma os valdenses, na reforma João Huss, Jonh Knos, Zwinglio, e tantos outros. Também ouvimos as vozes dos puritanos, e em todas as eras após Cristo, a humanidade viu o testemunho de homens que não amarraram as suas vidas até a morte.

A marcha triunfal desse exército não pode parar, e Deus convida você para participar dessa marcha.

Venha experimentar da vitória dos reis dos reis, do senhor dos Senhores, do alfa e do ômega, do principio e do fim.

Unamos essas duas figuras agora.  De um lado uma frágil flor, que o vento frio fere, o sol escaldante seca, o granizo da chuva dilacera. De outro lado um exército de soldados, rudes, brutos, fortes, cheios de força e vigor, desafiadores.

É isto que o cristão é: frágil e vigoroso, com fraqueza e com força desafiadora. Somos uma for em perfume que esconde e carrega a força de exércitos mil.

III – UMA ILUSTRAÇÃO DAS METÁFORAS DENTRO DO PRÓPRIO TEXTO

Vamos agora para os versículos 12 e 13 do capítulo 2. Paulo está em Troâde e diz que uma grande porta se lhe abriu. Essa porta era a própria Troâde. Mas Paulo não consegue aproveitar essa oportunidade porque seu coração está em grande aflição.

Ele tinha marcado um encontro com Tito em Troâde. Mas Tito não chegava e sua demora estava se tornando angustiante. Ele esperou até que o último navio chegasse a Trôade antes do inverno.

Com a chegada do inverno ele sabia que Tito não veria mais por mar e sim por terra.

Tito havido ido a Corinto, levar uma carta pesada de Paulo, e Paulo ansiava pelo resultado da sua carta. Queria saber se os cristãos de Corinto havia aceitado bem as suas exortações.

Pesava-lhe as preocupações com a Igreja em Corinto, pesava-lhe a preocupação com Tito, e a porta aberta em Troâde com grandes oportunidades, mas paralisado pelo peso da demora de Tito.

Diante de grandes dilemas que afligiam sua mente do apóstolo; diante de escolhas a fazer, de uma posição a tomar, resolve partir para Macedônia pela via terrestre para procurar encontrar Tito que certamente tomaria aquele caminho já que não tinha vindo por mar.

Pensemos nos dilemas e nas preocupações do apóstolo e agora ouçamos seu grito libertário. Graças a Deus que sempre nos conduz em triunfo.

 Trazemos novamente as considerações de F.F. Bruce –

“Paulo viajou de Atenas para Corinto muito abtido. Provavelmente não fora parte do seu programa, quando atravessou o mar até a Macedônia, virar para o sul, para a província da Acaia. Mas ele fora corrido de uma cidade macedônia para outra, e parecia que, por enquanto, não havia lugar para ele naquela província, apesar de sua certeza anterior de que Deus o chamara para evangelizá-la”.

Seu histórico era, portanto, de fugas, perseguições, prisões, surras, que lhe eram impingidas, mas ele  diz: “Graças a Deus que sempre nos conduz em triunfo”.

Na verdade Deus é quem triunfa. A vitória de Deus é a nossa vitória. Quando o reino dos céus avança sobre o território inimigo e ali finca as suas estacas, Deus está triunfando, e nós com ele.

O exalar do perfume de Cristo trazendo ressurreição é a vitória de Deus e a vitória de Deus é a nossa vitória.

APLICAÇÕES

  1. Importa mais para o cristão exalar o perfume de Cristo antes de qualquer outro bem, prazer, alegria ou bem estar. É isso que fica demonstrado neste texto. Você deve se perguntar se é assim que você encara a vida cristã.
  2. Os dilemas de Paulo eram entre ir a Macedônia ou ficar em Trôade, esperar Tito ou viajar para encontrá-lo. Dilemas entre alternativas só do reino de Deus. Os dilemas dos cristãos de hoje situam-se entre Deus e o mundo, no coração de Paulo não havia o dilema Deus e o mundo, ele já havia vencido este estágio. O dilema de Paulo era ente ações somente concernentes ao reino dos céus. É assim com você?
  3. Paulo vivia entre o fogo cruzado do inimigo e também enfrentava fogo amigo, mas mesmo assim gritava em triunfo: Graças a Deus que sempre nos conduz em triunfo.
  4. Paulo conhecia Jesus, era dirigido por ele, na sua missão em Corinto Jesus disse a ele... Seu conhecimento de Jesus chega ao ponto de experimentar sua direção em meio ao fogo cruzado do inimigo e o fogo amigo. Ele o anima e o encoraja, ele é real para você. Você faz parte do jardim de Deus, do templo do Deus vivo, você é o bom perfume de Cristo?
  5. Pensar nas coisas que são de cima, segundo colossensses cap. 3 é viver só dilemas, alternativas dentro do reino, ocupado com os propósitos de Deus.

CONCLUSÃO

Vivemos dias de apostasia, dias que os homens se recusam ouvir a voz de Deus.
Você pode nesta noite ouvir a voz de Deus mostrando para você o caminho da maturidade cristã e da vida espiritual?

Manifestar diariamente, sejam quais forem as circunstâncias, o perfume de Cristo é ter maturidade cristã; entender o significado da nossa vitória a partir do Triunfo de Cristo levando a igreja e todos nós a uma marcha triunfal pelos séculos, até a sua vinda, é ter profundidade espiritual.

Entenda o significado de estar em Cristo, exalando, triunfantemente, o perfume de Cristo, manifestando o conhecimento de Deus, a um mundo caótico sem Deus e esperança.

Pr Edson Quinezzi 

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Texto: Pastor Edson Quinezzi
Transcrição: Inajá Martins de Almeida